Mais de 50% dos incêndios domésticos são causados pela sobrecarga na rede elétrica do condomínio

De acordo com a Associação Brasileira de Conscientização dos Perigos da Eletricidade (Abracopel), foram registrados no Brasil cerca de 583 incêndios por sobrecarga, com 26 óbitos no ano de 2020. Sendo que desse total, 309 incêndios aconteceram em casas e apartamentos, sendo o responsável por 23 óbitos.

Segundo o Diretor Executivo da Abracopel, Edson Martinho, uma das orientações para reduzir o número de incêndios é fazer uma revisão completa nas instalações elétricas, tendo em vista que a maioria dos incêndios é causada por conta da sobrecarga e curto-circuito. Ou seja, colocar mais carga no circuito do que ele suporta, muitos equipamentos em uma só tomada.

Atualmente existem alguns dispositivos, como o disjuntor e o fusível, que possuem a função de controlar essa carga. Eles funcionam da seguinte maneira, quando a carga ultrapassa, eles desligam.

Mas esse dispositivo pode ter alguma falha, ele pode ser alterado, e não trabalha como deveria, permitindo o aumento da carga o que resulta no aquecimento dos fios. Se os fios se aquecerem, aquece também o ambiente, causando o incêndio, e o que tiver por perto, como cortinas, podem espalhar as chamas e o incêndio pode ficar ainda maior. É por isso que mesmo com os dispositivos é preciso fazer a manutenção dos aparelhos e da rede elétrica.

Desatenção

Geralmente, o curto–circuito tem início com a sobrecarga, e é ocasionado pela perda do isolamento dos fios. Se a temperatura estiver muito elevada, o incêndio começa mais rapidamente.

Muitas das causas dos incêndios em casas e apartamentos ocorrem por conta que os moradores saem das unidades e acabam deixando os equipamentos ligados, muitas vezes por desatenção e até mesmo falta de cuidado.

Ultimamente, por conta da pandemia do corona vírus, as pessoas estão ficando mais em casa, sendo assim, acabam desligando os aparelhos quando percebem que estão ligados há muito tempo.

Recomendação

É recomendado que se faça uma revisão na rede elétrica com um profissional capacitado, para saber como está a situação, se existe um risco de sobrecarga, e saber se as exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estão sendo obedecidas. E assim, o ambiente está protegido da ocorrência de um incêndio.

Em locais públicos, ou locais que recebem muitas pessoas, como hospitais, shoppings, entre outros, é preciso um cuidado ainda maior, já que por conta da grande quantidade de pessoas circulando, e a utilização da rede elétrica ser maior, o risco de um incêndio também acaba sendo maior, portanto, a manutenção deve ser feita periodicamente.

Condomínios

Nos condomínios, a sobrecarga da rede elétrica é uma grande preocupação. Os empreendimentos precisam estar cada vez mais atentos às exigências, com relação as vistorias e as autorizações, para evitar que um incêndio aconteça, e coloque em risco a vida ou o patrimônio dos condôminos.

Os condomínios mais antigos precisam verificar constantemente como anda a situação da rede elétrica, se os fios estão em bom estado de conservação, se é necessário fazer a troca de algum equipamento, ou fiação. E é responsabilidade do síndico verificar essas questões e saber se está tudo ordem, para fazer tudo o que precisa ser feito para evitar um incêndio ou simples curto-circuito.

Os condôminos também podem colaborar não excedendo a quantidade de aparelhos numa mesma tomada, e sempre verificar a capacidade da rede elétrica da unidade para não sobrecarregar a mesma. Se cada um fizer a sua parte, estará menos exposto ao risco de um incêndio no condomínio.

Fonte: Viva o Condomínio

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